Em razão do surgimento do novo coronavírus, o Brasil vive uma crise sanitária sem precedentes na história. Logo no começo da pandemia, por conta dos inúmeros casos da doença, o isolamento social foi adotado como medida de prevenção, na tentativa de minimizar a proliferação do vírus. Empresas e instituições consideradas não essenciais pausaram as suas atividades abruptamente e, ao mesmo tempo, precisaram se reinventar para continuar o exercício de suas funções.
O impacto sentido foi além das grandes indústrias, comércios e escritórios. As instituições do terceiro setor também precisaram se inovar e apostar nas novas tecnologias. Exemplo disso, é o Instituto BH Futuro, que para não paralisar totalmente as atividades, apostou nas redes sociais para seguir com o atendimento que, presencialmente, acontece para mais de 1.260 pessoas em vulnerabilidade social, no Aglomerado da Serra, em Minas Gerais.
Entre as postagens nas redes Facebook, Instagram e LinkedIn, o instituto aposta nas videoaulas referente às oficinas e atividades que aconteciam no local, como exercícios de balé, ginástica artística, aulas de karatê e dicas sobre o mercado de trabalho. O instituto também realiza posts sobre temas da atualidade, como assuntos da pandemia, prevenção contra a Covid-19, e medidas de superação das consequências do isolamento social.
Para se aproximar ainda mais dos usuários e familiares, foi criado um grupo no Facebook para interação entre atendidos, famílias, comunidade e amigos do IBHF. Encontros virtuais entre educandos e educadores também estão sendo realizados.
“Esse é um formato novo para todos do IBHF, mas, aos poucos, estamos ampliando o engajamento com os participantes, que nos enviam vídeos praticando os exercícios propostos, além de mensagens comentando algum assunto do momento”, explica a coordenadora de projetos, Maíra Matos, ressaltando que os educadores também estão se adequando às novas tecnologias.
Por conta das limitações econômicas das famílias assistidas, Maíra aponta que o alcance online ainda não atinge todo o público desejado. “Infelizmente, ainda não conseguimos alcançar todos os nossos atendidos, pois nem todos têm acesso a smartphones, computadores ou até internet. Com o prolongamento da pandemia, esse desafio nos traz uma certa angústia, pois sabemos o quão importante é o atendimento presencial na vida dessas pessoas”.
Teleatendimento
Seguindo a tendência global, outra forma de manter o vínculo com os usuários é o serviço de teleatendimento psicológico gratuito, disponível para as famílias que sentirem a necessidade desse espaço para tratarem questões individualmente, com o apoio de um especialista.
“Amplamente divulgado, os impactos da pandemia podem ser altamente agressivos para a saúde emocional das pessoas, independentemente da faixa etária, por isso, o teleatendimento é uma das principais atividades em funcionamento. Mesmo distantes, queremos estar próximos, mantendo o vínculo, a essência e missão do IBHF, que é transmitir a educação para valores”, finaliza o presidente da instituição, Leonardo Coelho.