O respeito ao próximo, a disciplina, o cair e levantar, a humildade e a busca da perfeição são algumas filosofias que compõe o judô e que podem ser levadas para a vida dos praticantes e dos futuros atletas.
Além da filosofia, para os iniciantes que almejam seguir carreira nesse esporte, algumas dúvidas acabam surgindo no caminho. “Como fazer para se tornar um lutador de judô?”, desponta entre elas.
No conteúdo a seguir, você verá a resposta dessa pergunta, além de conhecer outros detalhes sobre o universo do judô e como é seguir uma carreira nesse esporte. Boa leitura!
Como ser um bom lutador: primeiros passos
O Instituto BH Futuro é um hub de inovação social com projetos culturais, esportivos, educacionais e de fomento à inovação e empreendedorismo para crianças e adolescentes do Aglomerado da Serra em Belo Horizonte, onde são realizadas diversas ações com o objetivo proporcionar um amparo social que possibilite que crianças e jovens tenham um futuro promissor e de sucesso. O judô está entre essas atividades, no formato de oficina esportiva.
No IBHF, o esporte educacional está fundamentado em valores como co-educação, emancipação, participação e cooperação e procura desenvolver os quatro pilares da educação: saber, fazer, ser e conviver.
Em outras escolas e centros de treinamentos específicos, as aulas de judô possuem um roteiro pré-definido, composto pelas seguintes atividades:
1° – Aquecimento: os alunos praticam uma série de exercícios
2° – Queda: essencial no aprendizado do judô, essa parte do treinamento também visa a capacidade de levantar-se apto para continuar lutando ou apenas treinando.
3° – Treino dos golpes: o professor, chamado de ‘Sensei’, ensina golpes com grau de complexidade compatível com a idade.
4° – Lutas: geralmente, nessa parte da aula só acontece para turmas um pouco mais avançadas.
5° – Relaxamento: nessa última etapa, são feitos os alongamentos e atividades no chão com o objetivo de acalmar os ânimos e descansar o corpo.
O que é preciso para ser um bom lutador de judô?
O japonês Yasuhiro Yamashita, o “Pelé do Judô” é considerado o maior judoca de todos os tempos. Jamais perdeu uma luta para algum atleta que não fosse seu compatriota. Aposentado desde 1985, Yamashita acumula impressionantes 203 vitórias consecutivas
Referência para muitos atletas, para se tornar um judoca profissional, assim como Yamashita, alguns requisitos são necessários como, por exemplo:
– Muita dedicação
– Determinação para adquirir um aprendizado efetivo
– Incontáveis horas de treino
– Foco no objetivo/sonho
– Passar pala barreira da frustação, pois ela não te deixa sair do comodismo
– Capacidade de expandir o vocabulário de técnicas e também tentar aplicá-las nos combates
– Acreditar em si mesmo
– Ter uma alimentação equilibrada
– Cuidado com as lesões
– Durma cedo
– Alongue-se
Além dessas dicas e do cuidado com o corpo, para se tornar um lutador profissional, é preciso que a saúde mental esteja sempre em dia, mantendo o psicológico sempre em equilíbrio, afinal, a ansiedade, estresse e medo, podem afetar os resultados e performance do atleta. Esteja preparado para as derrotas e frustrações que podem ocorrer durante a carreira!
Como me tornar um judoca profissional?
Além de todos os requisitos citados acima, para se tornar um lutador profissional, é necessário saber e colocar em prática todos os mandamentos do judô:
– Desenvolver o corpo de maneira saudável e harmoniosa
– Refinar os conhecimentos e a moral, para tornar-se um cidadão que contribui com a sociedade
– Respeitar a unidade nacional e a sua história
– Auxiliar indivíduos e grupos por meio de compromissos mútuos
– Remover de si mesmo o preconceito racial
– Elevar a cultura e buscar a prosperidade da humanidade, contribuindo com algo valoroso para o mundo.
Já sobre o salário de um judoca, de acordo com informações do site Salários, publicadas em dezembro de 2020, um atleta de judô, desconsiderando patrocínios, ganha em média R$ 2.452,73 no mercado de trabalho brasileiro para uma jornada de trabalho de 33 horas semanais.
Os dados são da pesquisa do Salario.com.br junto a dados oficiais do Novo CAGED, eSocial e Empregador Web, com um total de 95 salários de profissionais admitidos e desligados pelas empresas.
A faixa salarial do Atleta de Judô CBO 3771-20 fica entre R$ 1.928,97 – salário mediano da pesquisa -, e o teto salarial de R$ 5.364,40, sendo que R$ 2.238,58 é a média do piso salarial 2021 de acordos, convenções coletivas e dissídios levando em conta profissionais com carteira assinada em regime CLT de todo o Brasil.
A cidade com mais ocorrências de contratações e por consequência com mais vagas de emprego para Atleta de Judô é Brasília, no Distrito Federal.
Judocas brasileiros medalhistas olímpicos
– Rafaela Silva: biografia
Rafaela Lopes Silva, conhecida pelo público como Rafaela Silva, é uma atleta da seleção brasileira de judô, titular da categoria de 57kg e 3º Sargento da Marinha do Brasil. Nasceu em 24 de abril de 1992, na comunidade da Cidade de Deus, Zona Oeste do Rio de Janeiro.
Ela começou a praticar o esporte aos cinco anos, na associação de moradores do bairro, e com oito anos Rafaela foi colocada pelos pais, junto com sua irmã, nas aulas de judô da ONG Instituto Reação, projeto com fins de inclusão social criado pelo também judoca Flávio Canto.
Aos 16 anos, em 2008, a atleta foi campeã mundial júnior, na Tailândia, e, no mesmo ano, ela entrou para seleção brasileira de judô adulta. Em 2009, conquistou a quinta posição em seu primeiro mundial adulto, na Holanda.
Em 2012, competiu nos Jogos Olímpicos de Verão, em Londres, e foi desclassificada nas oitavas de final ao aplicar um golpe considerado proibido. Na ocasião, Rafaela foi atacada com muitas críticas racistas na internet e chegou a pensar em desistir, mas conseguiu se reerguer.
Em agosto de 2013, ela foi a primeira brasileira campeã mundial no campeonato de judô. Em 2016, a judoca reescreveu a sua história ao participar dos Jogos Olímpicos do Rio, conquistando a medalha de ouro da categoria até 57 kg pelo Brasil.
Além dela, Tiago Camilo e Leandro Guilheiro colocaram seus nomes na história ao se juntarem a Aurélio Miguel como os únicos judocas brasileiros a faturarem duas medalhas olímpicas. Ambos conquistaram a medalha de bronze. Na edição dos Jogos Olímpicos em Londres 2012, os judocas brasileiros quebraram mais um recorde.
Fontes utilizadas nessa produção:
Biografia retirada do site https://www.purepeople.com.br/
Mandamentos e roteiro de aula: http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI159260-18299,00.html