Apesar de ser a faixa etária com menor incidência, o coronavírus já registrou casos confirmados e mortes de crianças. Um estudo divulgado em 2020, sugere que as crianças são tão propensas a se infectarem quanto os adultos, mas apresentam menos sintomas ou risco de desenvolver doença grave.
De acordo com especialistas, o organismo das crianças possui menos “portas de entrada” para o Sars-Cov-2. Outra explicação sobre o baixo número de contágio desse público, é que a resposta imunológica não é muito agressiva, diferente do que acontece em alguns casos graves no público adulto. Porém, com o crescente número de óbitos e proliferação da doença, evitar a exposição desnecessária das crianças é um ato que pode salvar vidas.
Assim como os adultos, as crianças podem apresentar febre, tosse e dificuldade para respirar. Porém, ao invés desses sintomas ‘tradicionais’ da doença, elas podem ficar com o nariz entupido e/ou escorrendo, ter dor de garganta e, até mesmo, ter sintomas gastrointestinais – como dor de barriga, diarreia e vômitos.
Aulas na pandemia
A crise causada pelo novo coronavírus resultou em desafios educacionais históricos no Brasil e no mundo.
Alguns estados já autorizaram a retomada das aulas presenciais, mas de forma gradual. De fato, ainda não se sabe quando as instituições, tanto de ensino público quanto particular, reabrirão as salas de aulas por completo.
Após a aceleração no crescimento de números de casos da doença, esse é um tema que ganha contornos ainda mais complexos, envolvendo o compromisso dos pais e alunos, bem como a ação articulada de governos, lideranças e organizações sociais.
Entre as principais ações previstas no protocolo de retorno às aulas, é possível destacar:
- Número de alunos por sala, considerada a metragem quadrada de espaço individual;
- Cancelamento de atividades em grupos de alunos;
- Rotinas de revezamento dos horários de entrada, de saída, recreação, alimentação e demais deslocamentos coletivos dos estudantes no ambiente escolar;
- Sinalização dentro das escolas para que os alunos mantenham distância entre si;
- Controle de temperatura de estudantes e servidores.
O Ministério da Educação criou um Guia de Implementação de Protocolos de Retorno das atividades presenciais nas escolas de educação básica. Para ter acesso ao material, clique aqui.
A importância do diálogo entre pais e filhos
Por conta do isolamento social, grande parte das crianças perderam o contato com os colegas de escola e, assim como os adultos, a mudança na rotina e falta de interação fora do ambiente doméstico também despertou sentimentos como inseguranças, ansiedade e medo nas crianças. E, nesse momento, o diálogo entre pais e filhos é considerado essencial para lidar com esses momentos mais difíceis.
Pensando nisso, o Ministério da Saúde criou uma cartilha recomendando que pais expliquem às crianças o que está ocorrendo com a pandemia, a seriedade da situação e o que é o coronavírus.
Essa conversa explicativa pode ser um bom momento para ensinar as crianças sobre os importantes hábitos de prevenção contra a doença como, por exemplo, lavar as mãos com frequência usando água e sabão em quantidade suficiente e de maneira adequada (entre os dedos, palma e dorso das mãos, esfregar as unhas, estendendo a limpeza até os punhos), ressaltar a importância de lavar objetos que a criança utiliza e, claro, ensiná-los a manter os brinquedos sempre limpos, incluindo os itens de pelúcia laváveis.
Caderneta de vacinação em dia
A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) alerta sobre a importância do zelo em relação à saúde dos pequenos e em manter o cuidado com o surgimento de outras doenças, especialmente as gripes e resfriados que apresentam sintomas semelhantes ao coronavírus.
Entre os cuidados, a SBP destaca a importância de se obedecer ao calendário de vacinação infantil, mantendo a imunização contra outros vírus sempre em dia.
Dicas para reduzir o risco de infecção:
Em entrevista concedida para a Agência Brasil, a coordenadora do Serviço de Epidemiologia e Controle de Infecção Hospitalar do Centro de Imunizações do Hospital Pequeno Príncipe, no Paraná, Heloísa Giamberardino, ressaltou que quem estiver junto da criança deve estar sempre com máscara de proteção. Após banho ou troca de fralda, é fundamental fazer a higiene das mãos, além de lavar lençóis e roupas da criança separadamente. Veja alguns cuidados a serem tomados:
- Evitar contato próximo com pessoas com infecções respiratórias agudas;
- Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contato direto com pessoas doentes ou com o meio ambiente e antes de se alimentar;
- Evitar contato com pessoas que apresentem sintomas como tosse, espirros ou febre;
- Limpar e desinfetar diariamente as superfícies de toque frequente nas áreas comuns da casa (por exemplo, mesas, cadeiras de encosto alto, maçanetas, interruptores de luz, controles remotos, banheiros, pias);
- Usar lenço descartável para higiene nasal;
- Cobrir nariz e boca ao espirrar ou tossir;
- Evitar tocar nas mucosas dos olhos;
- Higienizar as mãos após tossir ou espirrar;
- Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas;
- Manter os ambientes bem ventilados;
- Limpar com álcool as superfícies do quarto e dos locais que a criança usa.
Fontes presentes no texto:
https://coronavirus.saude.mg.gov.br/
https://www.gov.br/saude/pt-br
https://agenciabrasil.ebc.com.br/