Há muito que se falar dos riscos do vício em jogos eletrônicos. A indústria de jogos eletrônicos está em plena expansão, com um impacto significativo na economia global e na vida cotidiana de milhões de pessoas. Em 2023, o mercado global de jogos está projetado para gerar receitas de aproximadamente US$ 187,7 bilhões, com mais de 3,38 bilhões de jogadores em todo o mundo.
O aumento é impulsionado pela popularidade dos jogos em dispositivos móveis, consoles e computadores, com o segmento de jogos para celular representando a maior parte das receitas.
No entanto, junto com esse crescimento, surge a preocupação com os riscos associados ao uso excessivo de jogos eletrônicos, especialmente entre os jovens. Um estudo da USP aponta que quase 30% dos adolescentes brasileiros fazem uso problemático de videogame.
Nesse artigo, exploraremos os perigos do vício em jogos eletrônicos, discutindo os sintomas, consequências físicas e mentais, e os efeitos particularmente nocivos para os jovens. Além disso, abordaremos estratégias de prevenção e opções de tratamento para aqueles que já sofrem de dependência.
Nosso objetivo é aumentar a conscientização sobre este problema crescente e fornecer recursos para ajudar pais, educadores e profissionais de saúde a lidar com este desafio.
Compreendendo o vício em jogos eletrônicos
O vício em jogos eletrônicos, também conhecido como transtorno do jogo pela internet (TJI), é reconhecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como um comportamento aditivo. Este transtorno é caracterizado pela perda de controle sobre o jogo, priorização crescente dos jogos sobre outras atividades diárias importantes e a continuidade do comportamento apesar das consequências negativas.
Sintomas e sinais
Os sintomas do vício em jogos eletrônicos incluem isolamento social, abandono de atividades anteriormente apreciadas e a experiência de ansiedade, irritabilidade ou depressão quando não se está jogando. O desempenho escolar ou profissional pode diminuir, e a pessoa pode perder o controle sobre o tempo gasto jogando.
Consequências físicas
Fisicamente, o vício em jogos eletrônicos pode levar a uma série de problemas, incluindo dores nos pulsos, pescoço e cotovelos, bolhas na pele, calosidades e distúrbios do sono. Em casos de dependência a longo prazo, pode-se desenvolver obesidade, neuropatia periférica (fraqueza ou dormência nas mãos) e até mesmo coágulos sanguíneos.
Impacto na saúde mental
A relação entre o uso excessivo de jogos e a saúde mental é complexa. Pesquisas indicam que jovens que utilizam jogos eletrônicos como uma forma de aliviar o estresse e evitar a realidade podem acabar encontrando mais satisfação online do que na vida real. Isso pode levar a problemas como baixa autoestima, ansiedade social e uma tolerância reduzida à frustração.
Além disso, há evidências de que o vício em jogos pode estar associado a outros transtornos mentais, como depressão e transtorno bipolar. No entanto, a ciência ainda não conseguiu determinar se o vício precede esses transtornos ou é uma consequência deles.
Efeitos nos jovens
Os jovens são particularmente vulneráveis aos efeitos negativos dos jogos eletrônicos. Aproximadamente 75% dos adolescentes jogam videogame e, no Brasil, quase 30% dos adolescentes apresentam um uso problemático, encaixando-se nos critérios do TJI.
Crianças que jogam videogames por mais tempo durante a semana e finais de semana, e que têm menor autocontrole, estão em maior risco de desenvolver Transtorno de Jogo na Internet (IGD). Estudos indicam que essas crianças tendem a gastar mais tempo em atividades de tela e têm menor interação com os pais.
Prevenção e tratamento para o vício em jogos eletrônicos
A prevenção do vício em jogos eletrônicos envolve a criação de um equilíbrio saudável entre o tempo de jogo e outras atividades cruciais para o desenvolvimento, como refeições, sono adequado, exercícios físicos e interação social.
A American Academy of Pediatrics (AAP) recomenda que os pais monitorem o conteúdo dos jogos e estabeleçam um plano de mídia familiar, assegurando que os jogos não substituam atividades essenciais para a saúde das crianças.
Para aqueles que já sofrem de vício em jogos, o tratamento pode incluir técnicas psicológicas padrão, como a terapia cognitivo-comportamental (TCC). Esta abordagem ajuda os indivíduos a reconhecer e modificar padrões de pensamento imprecisos para lidar melhor com várias situações da vida.
Embora existam estudos iniciais sobre o uso de medicamentos, essa ainda não é uma opção robusta de tratamento.
Caminhos para uma vida equilibrada
O vício em jogos eletrônicos é um problema sério que pode ter impactos profundos na saúde mental e física, especialmente entre os jovens. A criação de um equilíbrio saudável entre jogos e outras atividades é fundamental para garantir que os jovens possam desfrutar dos benefícios dos jogos eletrônicos sem sofrer suas consequências negativas.
Pais, educadores e profissionais de saúde devem ser educados sobre os sinais de vício em jogos e as estratégias para prevenir e tratar esse problema. É importante estabelecer limites claros para o tempo de jogo, garantindo que as atividades físicas, sociais e acadêmicas recebam a devida atenção. Incentivar a participação em atividades físicas, artísticas e sociais pode ajudar a equilibrar o tempo gasto com jogos eletrônicos.
Além disso, buscar ajuda de profissionais de saúde mental pode ser essencial para aqueles que já apresentam sinais de dependência.
O Instituto BH Futuro oferece uma série de programas e atividades que podem ajudar os jovens a encontrar um equilíbrio saudável em suas vidas. Nossos projetos culturais, esportivos, educacionais e de empreendedorismo são projetados para promover o desenvolvimento integral e a saúde mental dos jovens.
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