A Depressão tem sido chamada de “a doença do século”por ser a doença que mais atingiu as pessoas nas últimas décadas. E não tenha dúvidas, no futuro, ainda será a doença que mais afetará as pessoas. São uma em cada quatro pessoas que sofrem de depressão. Não é um número pequeno. E a depressão afeta de formas diferentes, desde um grau mais leve até casos graves, de pessoas que chegam a cometer suicídio. Outras nem sabem que aquela tristeza e um vazio sem fim, trata se de uma depressão.
Algumas pessoas sentem-se constantemente desanimadas, tristes, cansadas e sem ver sentido na vida. Essas pessoas são taxadas de “fracas”, desanimadas e até mesmo “cheias de frescura”. A depressão ainda não é bem entendida pela maioria das pessoas o que torna difícil o reconhecimento.
Diferente do que as pessoas pensam, a depressão não chega de repente e muito menos sem razão de ser. Ninguém fica deprimido por nada. Em algum momento de sua vida, algo aconteceu que não foi bem elaborado, que ficou ali “guardado ou esquecido”, e que aparece sobre a forma de depressão, futuramente. Pode ter sido a perda de um ente querido, um trabalho não realizado, uma separação, enfim, qualquer coisa que não foi dada o devido tratamento ( o luto, o perdão, o consentimento).
Sintomas frequentes
• Humor depressivo durante a maior parte do dia, quase todos os dias
• Diminuição de interesse ou prazer em quase todas as atividades
• Perda de peso (sem dieta) ou aumento de peso significativo
• Diminuição ou aumento do apetite quase todos os dias
• Insônia ou a necessidade de dormir muito.
• Agitação
• Náuseas, alterações gastro-intestinais
• Cansaço ou perda de energia quase todos os dias
• Sentimentos de desvalorização ou culpa excessiva quase todos os dias
• Pensamentos recorrentes acerca da morte, ideias de suicídio ou tentativas de suicídio
Estado de tristeza é diferente de depressão. Ficamos muito triste com a morte de alguém, quando perdemos um emprego, e é natural que sintamos assim. E essa tristeza pode demorar meses. Mas a tristeza é diferente de depressão. Mesmo triste, a vida não perde o sentido e continuamos fazendo nossas atividades e tendo planejamentos e projetos para o futuro. Por isso, cuidado com as medicações e diagnósticos desnecessários.
Texto de Lívia Boaretto Lima – psicóloga do Instituto BH Futuro