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Proteção às crianças durante o isolamento social

Por conta da necessidade do isolamento social causado pela pandemia, entre as medidas de proteção contra a proliferação do novo coronavírus, as escolas foram fechadas, crianças e adolescentes permaneceram sem as aulas presenciais, acompanhando as matérias de forma online.

Trancados em casa, infelizmente, milhares de crianças e adolescentes ficaram ainda mais vulneráveis e expostos à situações de violação física, violência sexual e psicológica, sendo que, na maioria das vezes, os atos acabam sendo praticados por quem deveria gerar proteção às crianças/vítimas.

Mesmo que a pandemia dificulte denúncias de violência sexual contra crianças e adolescentes, dados do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), revelaram que o primeiro semestre do ano passado, período em que se iniciou a pandemia, a proporção de crimes desse tipo ocorridos em lares da cidade de São Paulo foi de 84%, chegando a 88% no mês de maio.

Infelizmente, os números superam o patamar observado ao longo dos anos anteriores, de 79%

Em Santa Catarina, o Poder Judiciário registrou nos meses de março, abril e maio de 2020, 585 ações relativas a estupro de vulnerável: mais de seis por dia, inclusive aos sábados e domingos. Um aumento de 62% em comparação com o mesmo período de 2019.

Outro aspecto é que com o crescimento das redes sociais, onde crianças e adolescentes enviam e consomem conteúdos, principalmente por smartphone, os pais e responsáveis devem se atentar sobre a segurança na ‘vida real’ e também para os cuidados no ambiente online, principalmente nesse período de isolamento social e com a ‘internet na palma da mão’.

Pedófilos aproveitaram as restrições ligadas à covid-19 e entraram em contato com menores, por redes sociais e sites de videogames

 

Como proteger crianças de situações de violação?

Como visto acima, os números são alarmantes e as medidas de cuidado e proteção são cada vez mais emergentes. E, para alertar sobre o tema, o UNICEF e o site Child Hood, prepararam orientações sobre como garantir ambientes seguros, mantendo e fortalecendo o Sistema de Garantia de Diretos.

A seguir, confira algumas dessas dicas para contribuir para a proteção às crianças e adolescentes.

Amor e carinho

Zele e mantenha o mais seguro possível os ambientes que as crianças e adolescentes frequentam. Eles devem ter em mente e sentir que a casa onde moram é o lugar mais seguro, livre de agressões e abusos. Pais e responsáveis devem criar um ambiente de paciência, amor, carinho e segurança.

Ambiente online

É importante destacar, que a violência sexual contra crianças e adolescentes consiste em qualquer feito que constranja a praticar ou presenciar ato de natureza sexual, inclusive exposição do corpo em foto ou vídeo por meio eletrônico, por isso, defina regras de uso da internet e defina tempo de utilização. Confira outras dicas:

observe se a criança ou adolescente fecha rapidamente a tela, quando alguém se aproxima;
– Coloque os equipamentos eletrônicos em área comum da casa;
– Se informe e procure conhecer os amigos virtuais da criança e do adolescente. Alerta para quando eles conhecem alguém no ambiente digital mas não querem falar muito a respeito;
– Observe se a criança ou adolescente fica muito tempo on-line;

– Oriente a não divulgar dados pessoais e a não falar com estranhos.

Ao identificar um caso de violência on-line envolvendo uma criança ou adolescente, denuncie. Os canais são: Safernet, APP Direitos Humanos BR e Delegacia On-Line

Ofereça apoio

Uma forma de fortalecer a relação de confiança das crianças e adolescentes é oferecendo apoio. Mesmo com a rotina agitada do dia a dia, reserve um tempo na agenda para interagir, brincar e descontrair.

Converse sobre o assunto

Aproveite o momento para alertar sobre essas questões, explicando sobre a situação que estamos vivendo. Mesmo com a gravidade do tema, encontre um forma amorosa e adequada de abordar o assunto, de acordo com a idade da criança.

Observe o comportamento

Atente-se aos sinais que elas podem dar de que sofreram alguma violação:

– introspecção/ depressão;

– ansiedade/ raiva;

– rejeição a quem deveria ter afeição;

– se manifesta sobre sexo de maneira não normal para idade.

Mantenha-se informado

Para os cidadãos em geral, é extremamente importante se manter informado sobre esse assunto, pois essas informações podem servir como alerta, afinal, há uma crescente no número de casos, porém, certifique-se da veracidade das informações e fuja das fake news.

Entre as fontes confiáveis, estão os sites do UNICEF, do Ministério da Saúde ou da Organização Mundial da Saúde.

O que fazer em caso de violação de criança?

Ao testemunhar qualquer tipo de violência física, sexual ou psicológica contra uma criança ou adolescente, ou observar algum comportamento que cause estranhamento: denuncie no Disque 100: O Disque Direitos Humanos é um serviço telefônico de recebimento, encaminhamento e monitoramento de denúncias de violação de direitos humanos.

Para violências contra mulheres e meninas, Disque 180. As ligações são gratuitas e não há a obrigatoriedade se identificar

Outros canais de proteção e denúncias

Além dos disk denúncia e autoridades, o Conselho Tutelar segue trabalhando e pode ser o canal mais rápido para solução desses tristes casos. Cada cidade/bairro conta com o seu Conselho, por isso, é importante ter na agenda o número de telefone desse órgão.

Caso tenha dificuldades em algum desses canais de atendimento, procure a rede de Assistência Social do seu município, pois eles possuem total competência para entrar em contato com os serviços disponíveis.

A Unicef listou os Serviços de proteção à criança e ao adolescente durante a pandemia de Covid-19. Clique e confira a lista completa dessa rede de apoio.

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