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As perdas e a importância do luto

Nesse  momento que estamos vivendo, uma pandemia, grande parte das pessoas tiveram grandes perdas. num modo geral todos nós tivemos perdas, pois de um dia para o outro, perdemos nossa liberdade de ir e vir, perdemos nosso trabalho enquanto espaço e lugar de convivência, perdemos o contato direto com nossos parentes e amigos. Outros perderam pessoas, pelo próprio Covid19, perderam emprego, única fonte de renda, perderam casas e estabelecimentos de trabalho. E lidar com tudo isso não é fácil, porque a perda não implica somente em nao ter mais aquele objeto ou aquela pessoa. Implica em perder sonhos, histórias de vida, projetos, encontros etc. por isso precisamos viver o luto em relação à essas perdas.

“O luto é um conjunto de reações a uma perda significativa.  Segundo John Bowlby, quanto maior o apego ao “objeto” perdido (que pode ser uma pessoa, animal, fase da vida, status social etc.), maior o sofrimento do luto. O luto define-se como um processo, uma travessia, um percurso,  e não um estado.  É vivenciado por cada pessoa de uma forma diferente e influenciado pela cultura, o meio em que se está inserido e o próprio contexto da perda.” o luto é a aceitação e o respeito ao tempo que levamos para passar por este processo.

Aceitar a realidade da perda

Primeiramente temos a tendência de negar a perda. muitos lidam como se aquilo não tivesse acontecido. É um processo normal, faz parte do ser humano. Mas devemos aceitar as perdas porque elas fazem parte da dinâmica da vida .É importante aceitar a nova realidade. Os rituais e cerimónias ajudam a aceitar a perda e a tomar consciência da realidade.

Processar a dor e o sofrimento

Devemos nos permitir sofrer, chorar, se isolar um pouco.Precisamos viver a dor para dar conta de processa-la. Podemos sentir raiva, tristeza, culpa, ansiedade e termos várias reações diante disso. O importante é tentar compreender cada sentimento, quando aparece, porque nos sentimos assim. Para resolver um luto é necessário passar por ele, é necessário dar lugar à dor e ao sofrimento. É necessário permitir-se experimentar todas as emoções , e  não as evitar. Algumas pessoas tentam afastá-las ou evitá-las, ficam horas extras no trabalho, tentam não chorar ou até mesmo iniciar outros hábitos não saudáveis como fumar ou beber em excesso. Pode-se  pedir ajuda quando não damos conta; procure amigos, familiares ou um profissional para ajuda-lo a passar por este processo de luto.

Adaptar-se a viver com a nova realidade

A adaptação, diz respeito à tomada de consciência progressiva das perdas e é um processo que requer tempo, não se faz de uma hora para outra. É transformar a dor em algo que seja positivo para sua vida. Lucinha Araújo,mãe de Cazuza, transformou a dor pela morte do filho, em uma instituição que trata de pessoas com AIDS, a Fundação Cazuza.

Enfim, as perdas fazem parte de nossas vidas, e é importante que saibamos lidar com elas. É nesse momento que nos encontramos ” sem chão” que algo novo pode surgir, que pode ser construído.

Texto de Lívia Boaretto Lima – Psicóloga do Instituto BH Futuro

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