Crianças e smartphones: uma relação em discussão

Crianças e smartphones: uma relação em discussão

A relação entre o desenvolvimento sadio e o uso dos aparelhos. Você já parou para pensar sobre o impacto do uso e até excesso de uso de smartphones na vida das crianças? Qual a relação entre eles? Há uma via saudável e equilibrada para essa relação?

Qual brincadeira de rua lembra a sua infância? Futebol na rua? Pega-pega? Esconde-esconde? A influência cultural e a diversidade é tanta que chega a ser impossível pensar em uma pessoa que não tenha tido algum contato com alguma brincadeira de rua. As brincadeiras que se estendiam durante longas horas faziam com que muitos chegassem em casa quase a noitinha, geralmente sujos e, de brinde, ganhando uma bela bronca dos responsáveis.

Mas você já parou para refletir sobre como funciona a interação das crianças nascidas nessas novas gerações? Pois, atualmente, o cenário é bem diferente.

Interação das crianças nascidas na geração Alpha

A geração Alpha é datada dos nascidos a partir de 2010 e são considerados os primeiros nascituros integrais da era digital, segundo a matéria O que é a geração Alpha? publicada pela Você S/A. Enquanto na geração Z, onde o primeiro contato com smartphones aconteceu após os primeiros anos de vida, a geração Alpha inicia sua interação com os aparelhos logo ao nascer.

O contato precoce da Geração Alpha com dispositivos eletrônicos, desde os primeiros momentos de suas vidas, traz consigo uma série de consequências significativas para seu desenvolvimento. A exposição constante a telas impacta não apenas aspectos físicos, mas também sociais e emocionais, moldando a forma como essas crianças interagem com o mundo ao seu redor.

O desenvolvimento cognitivo é afetado pela intensa estimulação visual proporcionada pelas telas. O estímulo constante pode resultar em mudanças na forma como essas crianças processam informações visuais, potencialmente afetando habilidades fundamentais. Além disso, o acesso precoce a dispositivos eletrônicos pode contribuir para atrasos no desenvolvimento da coordenação motora, pois o tempo dedicado a atividades físicas pode ser reduzido.

No aspecto socioemocional, a dependência de telas pode resultar em interações sociais limitadas. A habilidade de se comunicar e interagir face a face, fundamental para o desenvolvimento de habilidades sociais, pode ser prejudicada. Além disso, o risco de isolamento aumenta à medida que as crianças encontram nos dispositivos uma fonte constante de entretenimento e interação.

A influência no sono e no ritmo circadiano é uma preocupação crescente. A exposição à luz azul das telas, especialmente à noite, pode perturbar os padrões de sono, levando a distúrbios que afetam a saúde física e mental. Essa interferência no sono também está relacionada a problemas de concentração e desempenho acadêmico.

Além disso, a disponibilidade fácil de conteúdo online traz riscos, incluindo a exposição a materiais inadequados para a idade das crianças. Isso destaca a necessidade urgente de supervisão e controle parental em um ambiente digital em constante evolução.

Dados que mostram a relação das crianças com smartphones

Em Setembro de 2023, o Jornal O Globo divulgou uma pesquisa dizendo que no Brasil, 85% das crianças têm acesso a internet e mais da metade já tem celular. Além disso a matéria aponta que mais de 90% dos brasileiros de 10 a 13 anos usam a rede diariamente.

A partir dos 14 anos, a posse de celular para uso pessoal dá um salto. O percentual de adolescentes com seu próprio smartphone chegou a 84,7% em 2022, segundo a pesquisa do IBGE. Nos anos anteriores, esse percentual já vinha subindo.

Em outubro de 2021, a Mobile Time em conjunto com a Opinion Box divulgou uma pesquisa sobre as relações das crianças e os smartphones no Brasil.

Foi utilizado como base para pesquisa de 1.962 pais que têm smartphone e são responsáveis por pelo menos uma criança de 0 a 12 anos.

Alguns dados impressionam. Veja a seguir:

Motivos para a criança possuir o smartphone

  • 58% dos pais responderam que as crianças têm o smartphone para estudo;
  • 57% dos pais responderam que as crianças têm o smartphone para entretenimento;
  • 54% dos pais responderam que as crianças têm o smartphone para se comunicar com eles.

Uso durante a pandemia

  • Em um ano, caiu de 72% para 65% a proporção de pais que estipulam um limite máximo de tempo de uso por dia para as crianças.

Tempo de uso por faixa etária – 4 horas ou mais

  • Faixa de 10 a 12 anos: 37%
  • Faixa de 7 e 9 anos: 21%
  • Faixa de 4 e 6 anos: 14%
  • Faixa de 0 a 3 anos: 6%

Preocupação com uso excessivo

  • 60% dos pais pesquisados entendem que seus filhos passam mais tempo do que deveriam com smartphones;
  • 63% das mães apresentam essa preocupação;
  • 55% dos pais apresentam essa preocupação.

Os smartphones e as crianças em vulnerabilidade social

Como pudemos observar, a relação entre as crianças e os smartphones tem sido cada vez mais profunda e recorrente. Contudo, há um elemento importante a ser considerado: crianças em vulnerabilidade social pouco têm acesso aos smartphones.

Em meio ao cenário atual de crescente interação entre crianças e smartphones, é crucial reconhecer a disparidade de acesso a esses dispositivos, especialmente entre as crianças em situação de vulnerabilidade social. Enquanto a presença de smartphones na vida das crianças tornou-se quase onipresente, as disparidades socioeconômicas criam uma divisão digital que reflete e amplia as desigualdades já existentes.

Crianças em situação de vulnerabilidade social frequentemente enfrentam barreiras significativas no acesso a recursos tecnológicos, incluindo smartphones. A falta de acesso a esses dispositivos essenciais pode resultar em um fosso digital que impacta não apenas o entretenimento, mas também o acesso a oportunidades educacionais, sociais e culturais.

Como podemos minimizar esse cenário de pobreza e falta de acesso à tecnologia?

Conheça o Instituto BH Futuro

O Instituto BH Futuro é um hub de inovação social com projetos culturaisesportivoseducacionais e de fomento à inovação e empreendedorismo para crianças e adolescentes do Aglomerado da Serra em Belo Horizonte. São realizados cursos diversos, como o de jovem aprendiz, educação de jovens e adultos e cursos profissionalizantes de aprendizagem industrial em parceria com instituições, como o Senai e a Amipão.

No Instituto BH Futuro as crianças em vulnerabilidade social têm a oportunidade de ter acesso à tecnologia e de se desenvolverem em todos os aspectos: sociais, culturais, educacionais e até mesmo esportivos.

O Instituto realmente acredita que toda criança deve ter seus diretos básicos supridos e que criar oportunidades é essencial para que, mesmo nos lugares de maior vulnerabilidade social, haja uma perspectiva de um futuro melhor.

Convidamos você a saber mais sobre a nossa história.

Queremos ajudar a construir uma história melhor na vida de milhares de crianças com a sua ajuda!

Quer saber mais sobre este e outros assuntos? Acesse nosso blog e mantenha-se atualizado!

Comece a ajudar!

Sua ajuda é muito importante!

Clique na forma de pagamento que preferir:




Você pode fazer uma doação por PIX

Captura de Tela 2022-03-07 às 15.05.35

Se preferir você pode doar creditando na conta do Instituto BH Futuro:

Transferência direta – Banco Santander

DADOS BANCÁRIOS
Instituto BH Futuro, CNPJ 28.247.706/0001-71
Banco Santander (033), Agência 4275,
Conta corrente 13005159-8