Crianças e smartphones. A relação entre o desenvolvimento sadio e o uso dos aparelhos. Você já parou para pensar sobre o impacto do uso e até excesso de uso de smartphones na vida das crianças? Qual a relação entre eles? Há uma via saudável e equilibrada para essa relação?
Qual brincadeira de rua lembra a sua infância? Futebol na rua? Pega-pega? Esconde-esconde?
A influência cultural e a diversidade é tanta que chega a ser impossível pensar em uma pessoa que não tenha tido algum contato com alguma brincadeira de rua.
As brincadeiras que se estendiam durante longas horas faziam com que muitos chegassem em casa quase a noitinha, geralmente sujos e, de brinde, ganhando uma bela bronca dos responsáveis.
Mas você já parou para refletir sobre como funciona a interação das crianças nascidas nessas novas gerações?
Pois bem, atualmente, o cenário é bem diferente.
Interação das crianças nascidas na geração Alpha
A geração Alpha é datada dos nascidos a partir de 2010 e são considerados os primeiros nascituros integrais da era digital, segundo a matéria O que é a geração Alpha? publicada pela Você S/A. Enquanto na geração Z, onde o primeiro contato com smartphones aconteceu após os primeiros anos de vida, a geração Alpha inicia sua interação com os aparelhos logo ao nascer.
Alguns fatores são responsáveis por este contato precoce do indivíduo com os aparelhos. Além do próprio advento da internet, trazemos o aumento da criminalidade nas ruas e, mais recentemente, o isolamento social causado pela COVID-19.
Crianças nascidas em 2020, por exemplo, possivelmente começaram a interagir plenamente socialmente somente em 2022. Além disso, com as ruas tomadas pelos carros, a maioria dos pais preferem que elas fiquem em casa, entretidos com essas novas tecnologias.
Dados que mostram a relação das crianças com smartphones
Em outubro de 2021, a Mobile Time em conjunto com a Opinion Box divulgou uma pesquisa sobre as relações das crianças e os smartphones no Brasil.
Foi utilizado como base para pesquisa de 1.962 pais que têm smartphone e são responsáveis por pelo menos uma criança de 0 a 12 anos.
Alguns dados impressionam. Veja a seguir:
Motivos para a criança possuir o smartphone
- 58% dos pais responderam que as crianças têm o smartphone para estudo;
- 57% dos pais responderam que as crianças têm o smartphone para entretenimento;
- 54% dos pais responderam que as crianças têm o smartphone para se comunicar com eles.
Uso durante a pandemia
- Em um ano, caiu de 72% para 65% a proporção de pais que estipulam um limite máximo de tempo de uso por dia para as crianças.
Tempo de uso por faixa etária – 4 horas ou mais
- Faixa de 10 a 12 anos: 37%
- Faixa de 7 e 9 anos: 21%
- Faixa de 4 e 6 anos: 14%
- Faixa de 0 a 3 anos: 6%
Preocupação com uso excessivo
- 60% dos pais pesquisados entendem que seus filhos passam mais tempo do que deveriam com smartphones;
- 63% das mães apresentam essa preocupação;
- 55% dos pais apresentam essa preocupação.
Os smartphones e as crianças em vulnerabilidade social
Como pudemos observar, a relação entre as crianças e os smartphones tem sido cada vez mais profunda e recorrente.
Contudo, há um elemento importante a ser considerado: crianças em vulnerabilidade social pouco têm acesso aos smartphones. Elas vivem uma realidade completamente distinta.
Quando visitamos seus locais de moradia, parece que voltamos lá para os anos 80: crianças brincando nas ruas, correndo, jogando futebol e realizando outras atividades.
Há um lado positivo nisso tudo: a própria Sociedade Brasileira de Pediatria reforça anualmente a importância das brincadeiras ao ar livre para combater diversas patologias.
Paradoxo
Mas, o lado negativo também é bem real. Muitas vezes, essas crianças são isoladas pela falta de acesso às tecnologias novas e, na corrida pelo conhecimento e desenvolvimento intelectual, as menos favorecidas saem atrás. Isso afeta seu desenvolvimento social e educacional, restringindo as oportunidades de um futuro melhor e mais bem-sucedido.
Como mudar esse cenário de pobreza e falta de acesso à tecnologia?
Conheça o Instituto BH Futuro
O Instituto BH Futuro é um hub de inovação social com projetos culturais, esportivos, educacionais e de fomento à inovação e empreendedorismo para crianças e adolescentes do Aglomerado da Serra em Belo Horizonte. São realizados cursos diversos, como o de jovem aprendiz, educação de jovens e adultos e cursos profissionalizantes de aprendizagem industrial em parceria com instituições, como o Senai e a Amipão.
No Instituto BH Futuro as crianças em vulnerabilidade social têm a oportunidade de ter acesso à tecnologia e de se desenvolverem em todos os aspectos: sociais, culturais, educacionais e até mesmo esportivos.
O Instituto realmente acredita que toda criança deve ter seus diretos básicos supridos e que criar oportunidades é essencial para que, mesmo nos lugares de maior vulnerabilidade social, haja uma perspectiva de um futuro melhor.
Convidamos você a saber mais sobre a nossa história.
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