estresse infantil

Estresse infantil em época de quarentena

O isolamento social trouxe novas formas de convivência familiar em que adultos e crianças têm sentido os efeitos desse momento. Muito tem se falado sobre os efeitos negativos que o isolamento social imposto pela pandemia do novo coronavírus pode ter no desenvolvimento infantil. Um estudo feito na China com 320 crianças e adolescentes mostrou que as crianças começaram a ter uma dependência excessiva dos pais e se tornaram mais desatentos. Essas são as principais consequências apontadas pela mudança brusca de rotina e o ambiente de incertezas nos lares. Outros fatores também foram apontados, entre eles: preocupação, problemas de sono, falta de apetite, pesadelos, desconforto e agitação .

Outro fator apontado por estudos, dessa vez aqui no Brasil, é em relação à violência doméstica. Nessa quarentena o número de crianças vítimas de violência mais que dobrou nesses poucos meses. Os efeitos da violência doméstica no desenvolvimento infantil são múltiplos. Incluem desde o comprometimento do desenvolvimento do feto, nas grávidas, ao estresse tóxico, em crianças. O estresse tóxico ocorre quando há uma série de adversidades constantes, espalhadas em um longo período, sem o suporte de adultos. O resultado pode ser a interrupção do desenvolvimento saudável do cérebro, o que leva a mudanças bruscas no comportamento, diminuição da imunidade, ansiedade e depressão. A baixa imunidade é entre eles o fator que foi mais observado pelos pesquisadores.

O que é importante que os pais, ou adultos façam para ajudar as crianças a lidarem com essa nova rotina:

  • Estabelecer uma rotina: horários para acordar, dormir, comer, estudar.
  • Fazer atividades que permitam organizar o dia e que favoreçam a formação de laços entre pais e filhos
  • Promover diferentes formas de leitura, desenho, jogos, brincadeiras
  • Incentivar a participação das crianças nas tarefas domésticas
  • Elogiar os filhos para reconhecer suas boas atitudes
  • Estimular a realização de atividades físicas (as possíveis no espaço do confinamento), de preferência em horários determinados
  • Estimular o contato das crianças com os amigos, à medida do possível, mantendo assim laços afetivos entre eles, por meio de encontros virtuais
  • Procurar sempre a conversa e o entendimento diante de uma atitude negativa ou inesperada da criança.

Livia Boaretto Lima

Psicóloga – Instituto BH Futuro

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