Suicídio no Brasil. Setembro Amarelo. Prevenção

Suicídio no Brasil: formas de prevenção

“Setembro Amarelo”, você já ouviu falar? Para o suicídio no Brasil, quais as formas de prevenção? Esse assunto nos incomoda, eu sei. Mas, precisamos conversar sobre isso e tirar da obscuridade esse assunto polêmico.

Durante muito tempo, falar sobre o tema foi visto como errado ou, até mesmo, como uma maneira de incentivar novos atos suicidas. Porém, após algumas pesquisas e com mais conhecimento sobre como funciona o cérebro humano, viu-se o contrário: falar sobre o tema pode ser a libertação da angústia daqueles que têm tendências de se autodestruir.

 

Por que “setembro amarelo”?

 

A temática foi implementada em 1994, quando um jovem americano, Make Emme, de 17 anos, provocou um acidente automobilístico, causando sua própria morte. No velório, a família de Make distribuiu cartões amarelos escritos: “Se você precisar, peça ajuda!”. O suicídio no Brasil e suas formas de prevenção começou a ser abordado no ano de 2015, levando a discussão sobre o assunto às famílias brasileiras. Como forma de conscientização, a OMS instituiu o dia 10 de setembro como Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio.

 

Por que esse tema é tão abordado?

 

Estima-se que há um caso de suicídio a cada 40 segundos no mundo. É um assunto delicado, pois afeta várias pessoas que conviviam com a vítima. Estima-se que, no mundo inteiro, há cerca de 800 mil mortes por suicídio/ano. Estima-se que, no Brasil, há um suicídio a cada 45 minutos.

A OMS (Organização Mundial da Saúde) reconhece o assunto como sendo questão de saúde pública. Com isso, em todo o mundo, buscam-se meios de erradicar o problema. Em 1999, a OMS lançou o SUPRE (Suicide Prevention Program) — (Programa de prevenção ao suicídio).

No Brasil, desde 2015, também é lembrado o mês de setembro como um mês de conscientização sobre o assunto: o Setembro Amarelo.

 

O que leva as pessoas a cometerem suicídio no Brasil

 

Há diversos fatores que contribuem para que uma pessoa tome a decisão de tirar sua própria vida. Dentre eles, pode-se dizer que o aumento do uso das redes sociais tem agravado os dados sobre o assunto, pois o uso das redes faz crescer o número de pessoas ansiosas, uma das causas de suicídio.

Outros fatores contribuem para o aumento significativo desses dados, que são:

Depressão e outros distúrbios psicológicos, psicose, bipolaridade; término de relacionamentos amorosos; doenças crônicas; situação econômica; problemas familiares e conjugais; uso abusivo de álcool e outras drogas; bullying; violência sexual; violência doméstica, entre outros.

Neste sentido: A faixa etária entre a infância e a adolescência é a que mais cresce em número de suicídios comparativamente com anos anteriores. Os casos são diversos. Uma criança de dez anos se matou por não ter dinheiro para ir ao cinema. Outra porque não tinha um celular como seus colegas. Outra sofreu bullying na escola. Outra porque não gostava de sua própria aparência. Outra porque teve fotos íntimas de teor sexual vazadas na internet. E outras tantas exatamente pelos mesmos motivos ou por outros quaisquer. (CONTRERAS, 2019)

Outro fator importante que faz com que esse número permaneça alto é o uso desenfreado de bebidas alcoólicas e drogas ilícitas. Pesquisa da Fiocruz sobre o ato suicida entre crianças e jovens apontou que as motivações para as tentativas entram em um contexto de vida já marcado por grande mal-estar emocional, desafetos, insatisfações e vulnerabilidades.

São histórias familiares de rejeições, maus-tratos físicos, agressões verbais, violência sexual, uso de álcool e drogas. que perpassam casos pregressos de suicídio familiar ou envolvendo amigos, colegas, vizinhos ou conhecidos, situações geracionais com mesmo comportamento.

Segundo dados da OMS, o suicídio é a segunda maior causa de mortes entre jovens de 15 a 29 anos.

 

Formas de prevenção ao suicídio no Brasil

 

No Brasil, temos um canal que funciona 24h por dia e 7 dias por semana, o CVV (Centro de Valorização da Vida), garantindo sigilo e anonimato. O CVV atende pessoas que estão passando por crises existenciais e precisam conversar. O meio de encontrar essas pessoas dispostas a combater o suicídio pode ser feito através de: chat; ligue 188; e-mail; ou, até mesmo, agendar uma visita de um voluntário CVV que possa ir até seu endereço, em horário comercial.

A OMS estima que 90% dos casos de suicídio poderiam ser evitados, com o diálogo, compreensão e sem julgamentos.

 

Saber a hora certa de oferecer ajuda

 

Por ser uma questão delicada, que deve ser tratada com muito cuidado e consideração, entender o momento certo de oferecer ajuda é fundamental. Para que essa intervenção seja assertiva, ficar atento a comportamentos “estranhos” pode ser a resposta.

Algumas frases que até podem ser ditas em tom de brincadeira, são palavras que imploram por socorro. Frases como: “Não faz sentido viver”; “Nada do que eu faço dá certo”; “Todos estão reparando o que eu faço e me julgando”; “Nunca vou ser feliz de verdade”, etc. carregam desesperados pedidos de socorro.

Também o silêncio excessivo e o isolamento repentino são sinais depressivos de um suicida. Afinal, o silêncio, às vezes, é o grito desesperado daqueles que não conseguem dizer.

Pessoas que já atentaram contra a própria vida têm grande tendência de tentar cometer o auto dano novamente. Por isso, não desampare quem tem sinais depressivos, ou pense que quem tentou uma vez sem sucesso não tentará novamente, pois vai!

Segundo a OMS, a maioria dos suicídios acontecem com avisos prévios! Esteja atento aos sinais! Assista ao vídeo produzido pelo curso de Medicina da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais).

Quer entender e aprender mais sobre como prevenir casos de suicídio? Conhece alguém com sintomas depressivos? É hora de ajudá-lo!

Precisamos combater e prevenir essa situação. Não podemos aceitar que nossos jovens se percam por caminhos assim. Há vários canais onde as pessoas podem ligar para conversar e pedir ajuda, anônimos e gratuitos. O PODE FALAR é um deles, dedicado a jovens entre 13 e 24 anos.

Vamos promover uma cultura de escuta e acolhimento e prevenir o suicídio no Brasil. Faça sua parte.

Nosso trabalho com crianças e jovens no IBHF nos oportuniza identificar sinais e combatê-los, mas, bem mais do que isso, oferecer espaços de desenvolvimento, lazer e cultura que preencham a vida dos jovens de forma positiva, evitando que se enveredem por caminhos tão tristes.

O apoio e parceria de profissionais como psicólogos, terapeutas, pedagogos e assistentes sociais é muito bem-vindo.

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